segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Japoneses e suas Câmeras

Mostre-me um ponto turístico e eu te mostro os japaneses com suas câmeras. Acham que estou exagerando? Uma pesquisa perguntou a 40.000 japoneses quais os ítens que normalmente carregavam em suas bolsas.* Adivinha qual foi um dos mais votados? Câmera digital, é claro! Canon, Nikon, Sony, Fuji, Sanyo, grandes com lentes telescópicas, minúsculas e portáteis, pretas, coloridas, a prova d'água, a prova de choque, a prova de poeira, a prova de japoneses (rsrsrs)...não importa, o fato é que estão sempre clicando, clicando e clicando.

Que atire a primeira pedra o turista que não clica mas, em sua incansável missão de clicar, os japoneses se esquecem das regras básicas da "etiqueta do turista". Eles já bloquearam minha visão do "Manekeen Piss" em Bruxelas, cruzaram na minha frente quando eu fotografava a Fonte de Trevi e aqui não tem sido diferente. Ontem me fizeram esperar uma eternidade para tirar uma foto da estátua do Duke Kahanamoku enquanto clicavam a cabeça da estátua, o pé da estátua, pela direita, pela esquerda, etc. Isso não me incomodaria se não fosse o que aconteceu depois: um ficou do meu lado e pediu ao guia para tirar uma foto. Surpresa, cheguei a esboçar um sorriso...então veio outro e, acredite, formaram fila!! No segundo minha expressão era de choque e, no terceiro, indignação (imagino como as fotos saíram). Reclamei, me afastei, e eles ainda tiveram o despudor de achar ruim. Como não entendo japonês e eles não falavam inglês, ficou tudo por isso mesmo.

Hoje, se eu cruzar com um grupo de japoneses, estou preparada. Ao menor movimento suspeito vou tirar minha câmera e começar a fotografá-los primeiro. Pensando bem, como vingança não faz parte do Espírito Aloha, vou fazer melhor: colocar meu chapéu de praia no chão, sorrir, e cobrar $1 por foto :-)

P.S.: As fotos do blog tirei sem eles perceberem....rsrs
* Link da pesquisa:
http://whatjapanthinks.com/2006/06/18/whats-in-the-average-japaneses-bag/





sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

O Espírito Aloha

Quando o sol se põe em Waikiki e beija as águas verdes do Pacífico, o laranja nos céus é intenso, dramático e vibrante, como se um fogo incendiasse todo o horizonte. Nesse momento uma trombeta de concha é tocada e um nativo havaiano corre pela praia acendendo as tochas espalhadas pela areia. Uma banda começa a tocar música local e havaianas dançam o hula, celebrando o fim de mais um dia no paraíso.

Descrever esse momento é difícil, mas não de todo impossível. Todavia, encontrei algo no Havaí que não consigo descrever: o "Espírito Aloha". Misture extrema beleza natural, cores fortes e flores exuberantes com calor humano, simpatia, gentileza, paciência, charme e romantismo. Adicione a magia da Polinésia e você vai entender um pouco do que é o Espírito Aloha. É um estado de espírito onde as pessoas são incentivadas a pensar e enviar somente boas emoções em direção aos outros.

Mais que uma palavra de saudação, Aloha é uma filosofia de vida, um código de ética e conduta, a essência das relações com as outras pessoas. Os nativos dizem que o Espírito Aloha é uma herança que receberam de seus antepassados polinésios e, assim como o hula, é preservado como parte da tradição e cultura havaiana. Tanto que o "Espírito Aloha" faz parte da lei havaiana! Existe um estatuto na constituição do estado dizendo que "no exercício do poder e cumprimento de suas responsabilidades a favor e a serviço do povo, os políticos têm que considerar e se deixar guiar pelos princípios do Espírito Aloha". Ao aprender sobre isso pensei no Brasil, nos nossos políticos... de como poderíamos nos beneficiar dessa lei em nossa constituição.

Clique no link para ver Waikiki ao vivo (lembre do fuso horário e diminua 8 horas)

* A foto eu tirei ontem enquanto participava da cerimônia do pôr do sol em Waikiki.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Erro de Percurso

Devido a um pequeno erro de percurso no caminho do aeroporto (entrei numa rua errada), cheguei ao balcão da Delta 1 minuto (sim, eu disse UM minuto) depois do horário permitido para despachar bagagem. Entre embarcar hoje sem meus 5 biquinis e 8 pares de rasteirinhas, ou amanhã com todos os meus pertences, optei pela segunda opção. Resultado: mais um dia em "freezing" Atlanta e menos um dia em "sunny" Havaí.

Essa situação me fez lembrar de um fato ocorrido ontem quando fui visitar uma exposição de objetos do Titanic recuperados do fundo do mar. Uma vitrine específica chamou muito a minha atenção - eram objetos de um passageiro que, a caminho do embarque, foi sequestrado por bandidos e liberado somente muito depois da partida do navio. O que esse passageiro não sabia é que seu aparente "erro de percurso" o havia poupado de, assim como os seus pertences, terminar no fundo do mar.

Creio que as reais implicações dos nossos "erros de percurso" vão muito além do que nossos olhos conseguem ver. Fica a pergunta: quantos dos aparentes "erros de percurso" na nossa vida podem na verdade ter nos poupado de "terminar no fundo do mar"?

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Rumo à Ilha da Fantasia

Um dos meus sonhos de criança era conhecer o Havaí. Enquanto meus amiguinhos sonhavam com a Disney, o que eu mais queria era ir a essa ilha no meio do Pacífico, dançar o hula hula e usar colares de flores no pescoço com orquídeas no cabelo.

Na minha mente de criança o Havaí era como se fosse a Ilha da Fantasia onde, assim como no seriado de TV, todos eram felizes e tudo era como sonho. Quem não se lembra do anãozinho “Tattoo” tocando o sino e gritando “o avião, o avião”? Para os que não se lembram (provavelmente os mais novos…risos), a Ilha da Fantasia era um seriado que, para mim, tinha um conceito maravilhoso: a pessoa pagava por umas férias em uma ilha exótica em que ela poderia viver a sua fantasia. No fim, acabava vivendo algo que não estava esperando e sempre aprendia algo a seu própio respeito.

Amanhã realizo mais um dos meus sonhos e embarco para o Havaí. O que vou viver e aprender nessa Ilha da Fantasia eu ainda não sei….mas te convido a me acompanhar nessa aventura!
ALOHA!!!!!!!!!